A primeira obra de Vicente Coimbra é um ato de insubordinação.O autor chafurda na condição humana para do seu sofrimento, das suas limitações, das suas penas fazer as asas que lhe permitem voar, ser livre ao reconhecer ali a sua perfeição especifica. A obra é um ponto de interrogação na afirmação da existência de Deus, no ato criador. Livre da sua condição de criatura, o poeta descobre-se como a realidade que resta sobre as lápides dos deuses. Reconhece-se com o poder extraordinário de diminuir e acrescentar o outro. É este o fim da sua existência, é essa a sua responsabilidade, é esta a sua realização.